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Entrevista com Sandra Epstein

1. O que representa a Terapia Floral para você?

R: Uma interface valiosíssima para o equilíbrio do corpo emocional. O ancoramento no nosso dia a dia da sabedoria da natureza e da inteligência botânica, nos auxiliando em nossa evolução.

2. Quando e como você iniciou na TF?

R: Iniciei em 1989, primeiro informalmente tomando Rescue em função de um

mal –estar. O que me levou a destampar sentimentos profundos. A partir daí fiz o curso de Bach, trouxe meu kit da Inglaterra e como arte terapeuta, trouxe a TF para ser coadjuvante nos processos criativos.

3. Como você despertou para a escolha de criar um sistema de essências florais?

R: Foi no início da década de 90. A partir de um câncer terminal de um amigo me entreguei incondicionalmente ao processo de resgate de seu Self saudável. A floresta Atlântica se manifestou para ajudá-lo, estreitando a minha relação com esta natureza de forma plena.

4. Pessoalmente, que benefícios os florais te trouxeram?

R: Primeiro, empatizar sem absorver. Não me identificar com as questões do outro. Compreender não significa carregar a dor do outro. Este foi um grande aprendizado que os florais me trouxeram. Outra coisa foi aprender a nomear aquilo que é quase impossível de ser nomeado. Eu precisei buscar nestes 28 anos de pesquisa a legitimação de tudo aquilo que eu sinto durante o trabalho, que faz parte de uma experiência que vai muito além das palavras, das formas... Eu precisei desenvolver um vocabulário para conseguir compartilhar esta minha experiência extra linear e para explicar tudo isto que está fora da linearidade sem parecer que estou falando de bruxaria, entende... Foi um desafio. Construir toda uma linguagem que desse conta deste sentido maior e que fosse compreensível aos olhos do outro. Quando eu comecei a pesquisar, o sistema Ararêtama era totalmente fora do trilho... Era tão fora do trilho que eu o lancei na Europa, porque aqui no Brasil só se falavam em flores. Só as essências de flores tinham algo a oferecer. E eu sempre questionei isso... Então eu iniciei andando numa contramão... Falo isso respeitando todos os sistemas, sem julgar qualquer processo, mas eu fui orientada um pouco diferente pela natureza. Em 98 % dos casos usar a planta toda, sem cortar nada etc. Imagina, pro Brasil, no inicio da década de 90, houve um espanto. Já fora do Brasil eu tive uma super abertura.

Os florais me ajudaram muito nesse meu processo.

5. Como pesquisadora, o que mudou do inicio de seu trabalho para os dias de hoje?

R: Atualmente, eu tenho tomado um cuidado muito grande para não repetir essências; para não ampliar demasiadamente o sistema, já acho que ele está bastante amplo. Comecei a pesquisar na década de 90, e hoje, como pesquisadora, eu sinto que são momentos bem diferentes... Hoje eu sou mais cautelosa quando vou para a natureza. Eu sempre aguardei a floresta me chamar... Nunca pesquisei uma flor porque ela é bonita. O trabalho da Ararêtama é um pouco diferente, porque não basta florescer para eu produzir a essência. Eu tenho matrizes de 7, 8 anos atrás porque eu trabalho com ... E eu não digo que isso é melhor ou pior mas é a minha forma de trabalho. Eu acho que nós pesquisadores somos um buquê mesmo, é inqualificável. Mas... de uns três anos para cá, estou extremamente cautelosa do momento certo de efetuar uma essência... Porque isso para mim não é um processo intelectual. Eu sinto se eu estou sendo chamada ou não...

6. A partir da sua experiência no exterior, o que você assinalaria como diferenças no trabalho com os florais? E em que o Brasil se destaca?

R: O Brasil se destaca porque é uma nação muito aberta... Na verdade a qualquer coisa... Tudo vira uma borbulha (rsrsrs). Mas aqui existem muitos profissionais abertos ao processo, o brasileiro adora experimentar. Nos Estados Unidos, por exemplo, não existe esta abertura tão grande, eles são muito rígidos, com exceção da Califórnia. No exterior, pelo menos onde eu trabalho, mais no leste Europeu, as pessoas são mais sensitivas, elas são extremamente sensíveis ao floral e não há esta “homeopatização” das essências. Lá se toma o floral direto na boca.

7. Adjetivos ou qualidades que você acha importante para o terapeuta floral

R: Eu tenho pensado muito na questão do terapeuta floral. Eu acho que nós temos diferentes dimensões de terapeutas florais. Penso que precisamos distinguir essas coisas. A terapia Floral hoje é tão difundida e de repente se tornou um negócio... Mas a verdade é que a terapia Floral já vem de muito tempo... O Bach foi um afluente que trouxe este saber para o Ocidente... Mas nas culturas xamânicas; você encontra toda a relação com as plantas sagradas, o processo da feitura de remédios, não só para o corpo físico, mas também para alma... Eu acho que existe uma diferença entre o terapeuta floral e o conselheiro floral. Nós temos, por exemplo, aquela senhora numa comunidade simples que é sempre procurada para um chá ou um conselho... Eu a considero uma conselheira floral. Penso que precisamos abrir os braços e não cortar a possibilidade destas senhoras ou senhores das comunidades estarem trabalhando com as essências também, por uma questão de formação psicológica ou por falta de determinados dados e estudos. Essas pessoas têm uma simplicidade maior com o trato da cura da alma, que vem de uma maneira intuitiva sem passar pelo racional e sem perder o poder. Ao invés de limitar a questão do floral precisamos achar um nome diferente.E, na minha opinião, este nome seria o

Debate-se muito quais são os pilares fundamentais para um terapeuta floral. Dentro do prédio medicina vibracional, eu acho que isto é um andar mas não que isso possa ser o prédio todo.Há uma informalidade do floral que está sendo institucionalizada, e precisamos ter cuidado para que o terapeuta floral não seja olhado de um forma qualquer, claro. Existem pessoas que estão lutando pela profissionalização da categoria, então novamente penso em como nomear de formas diferentes estas funções para que não se precise exigir sempre tanto e não fechemos as portas. Até porque eu não acho que só o conhecimento legitima um terapeuta. Isso é bem mais complexo...

Para mim, uma característica importante no terapeuta Floral é conhecer o ser humano, até para poder abarcar com profundidade o que os florais têm a trazer.

8. Que sonho você tem em relação à T.F.?

Eu tenho um sonho com a humanidade. Para mim a Terapia Floral vem servir a humanidade, esta humanidade tão infantil mas riquíssima. Mas eu gostaria que jamais os meios legais pudessem interferir nesta terapia tão benéfica, este é um sonho. Que ela jamais passe por um julgamento da ANVISA ou de qualquer outro órgão que impeça o trabalho. Porque quanto mais institucionalizada a T.F. for mais a mercê estará dos interesses econômicos. É uma faca de dois gumes.

9. Terapia Floral e Ação Social se alinham energicamente para você?

Para mim estão absolutamente abraçadinhas. Eu não consigo pensar na pesquisa sem o trabalho social. Impossível! O trabalho social é quando pensamos em mudança da humanidade. E foi o que me mobilizou profundamente para todo aquele trabalho em Mariana. Não importa se 10, 20, 30 pessoas foram beneficiadas ou uma só.

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